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sábado, 23 de maio de 2015

Lily, a câmera reinventada. Um drone que te acompanha, fotografa e filma.

Chega de 'selfies', compre um Drone que te acompanha, faz vídeos e fotos e segue o dono. Uma pequena empresa de Silicon Valley vai lançar (provavelmente no começo de 2016) um modelo híbrido que também é à prova d’água. 
A Lily Câmera (CLICAR no link) como é chamada, já está em pré-venda no site oficial da marca, por U$D 519,00 (bem abaixo dos U$D 999,00 previstos).
"É uma câmera voadora que você pode literalmente jogar no ar e ela começará a filmar você e segui-lo onde você for", disse Henry Bradlow, CTO da Lily, durante demonstração em São Francisco, Califórnia.
Quando jogado ao ar, os sensores do drone reconhecem a ação, fazendo com que ele paire antes que a gravidade o derrube. 
Graças a um dispositivo que o utilizador carrega junto de si, o aparelho também sabe onde se encontra o objeto a ser filmado ou fotografado. Para que isso seja possível, ele possui um localizador GPS e uma conexão Wi-Fi.
"Ele também pode decolar a partir de sua mão ou do chão, se você quiser", disse o mesmo executivo. 










A câmera foi  construída dentro do drone o que permite o modelo ser à prova d’água.
O aparelho também tenta identificar,  por exemplo, se o utilizador está fazendo algo espetacular, como um salto ou alguma manobra e muda sua câmera automaticamente para o modo slow motion. 


Segundo consta, consegue sobrevoar a 30 metros de distância do utilizador e a 5 metros próximo ao chão, mas precisa ser utilizado distante de obstáculos.

A Lily Câmera sai por USD 499,00 na pré-venda, um significativo desconto em relação aos USD 999,00 - valor oficial do drone no ano que vem. Preencha a "pre-order" e boas fotos! Flávio A. Portalet Jr.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Billie at 100 - A Century of Lady Day - Billie Holiday 100 anos


Billie Holiday (Filadélfia, 7 de Abril de 1915 — Nova Iorque, 17 de Julho de 1959), por vezes, mais conhecida como Lady Day, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz, senão a maior cantora de todos os tempos.
Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha 15 anos de idade e sua mãe, Saddy Fagan, apenas 13 anos! Seu pai, guitarrista e banjoísta, abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz. Sua mãe frequentemente a deixava com familiares. Ela teve uma infância difícil.

Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos 10 anos foi violentada sexualmente por um vizinho e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos 12, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos 14 anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.


Sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e seu aprendizado se deu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz. Pouco antes de sua morte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Morreu aos 44 anos, dona da voz feminina mais famosa do jazz e talvez, de sempre.

Vejam ainda o site oficial: http://www.billieholiday.com/

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Je ne suis pas Charlie - Eu não sou Charlie

A marcha parisiense (11) reuniu mais de 1,5 milhão de cidadãos. Desfilaram importantes símbolos da República: a tricolor (bandeira), Joanna D’Arc, e Marianne, a simbólica mãe da nação que encarna os valores “Liberté, Égalité, et Fraternité” - liberdade, igualdade, fraternidade -. 
Lia-se em camisas, bandeiras, cartazes e faixas: “Je suis Charlie! Nous sommes Charlie!” As caricaturas do Charlie Hebdo estavam por todo lado. Muitos escreveram em suas mãos ou testas um grande “C”, para Charlie.  
No entanto, o ataque contra o semanário Charlie Hebdo foi um ato terrorista, não contra a liberdade de imprensa. Se o Le Monde, o Libération ou o Le Figaro tivessem sido o alvo, aí teria sido um ataque contra a liberdade de imprensa.
Jamais o editorial dos vespertinos francêses teriam defendido a tese de que "o profeta é um jihadista". E o Le Monde não publicaria uma charge de Maomé com uma bomba no turbante, como o fez o semanário Charlie Hebdo. A liberdade de imprensa conhece seus limites - mais não seja o do bom senso em um país com mais de 6 milhões de muçulmanosgrande parte deles vivendo em condições precárias - especialmente quando o tema envolve religião. 
Não querendo ser contraponto de nada, interrogo-me com a atitude enervante (para não dizer repugnante) de muitos governantes europeus e de outros países - cerca de 60, ao todo -, que ao longo dos 200 metros mais vigiados do planeta, desfilaram suas hipocrisias sem o menor constrangimento. Todos queriam participar de alguma forma, até mesmo o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, que um dia depois do massacre ordenou que chicoteassem  um blogueiro saudita com 1.000 chibatadas -por insultar o Islã- enviou seu apoio à manifestação... caricato. Líderes que fomentam justamente o ira, a revolta e a xenofobia, caminharam como se fossem emissários da paz. Que mundo podre é este? Como a opinião pública é tão grosseiramente enganada e ainda se comove com este tipo de gente (??), muitos deles não muito diferentes dos facínoras que repudiavam naquela marcha?
Hoje, quarta-feira 14, três milhões de exemplares de Charlie Hebdo serão vendidos nos quiosques, em vez dos habituais 30 mil. Oito páginas, em vez das costumeiras dezesseis.  
O jornal conta agora com meio milhão de euros para garantir a sua continuidade vindos do Fundo para a Imprensa e o Pluralismo e do Fundo para a Inovação Digital da Imprensa (financiado pelo Google). O governo francês já anunciou que vai encaminhar um milhão de euros para garantir o futuro do jornal satírico, que também está a ser alvo de campanhas informais de subscrição e recolha de donativos. Estranho que dias atrás o mesmo tabloide leiloava objetos para conseguir ir para as bancas. Do nada surgem fundos públicos de mais de 1 milhão de euros. Será o preço que o governo francês paga para aparecer como "um governo forte e determinado" no combate aquilo que fomentam mundo afora? É bastante estranho que dias atrás os líderes do 'Hebdo' debatiam-se com a necessidade de leiloar bens para conseguir lançar mais uma edição e, tendo sido assassinados, aí sim a 'Charlie' virou prioridade do Ministério da Cultura francês. Aproveitamento político descarado e nojento.


Em novembro de 2011, um coquetel molotov havia provocado um incêndio e destruído a velha redação do semanário satírico. À época, o ataque terrorista tinha elos com o fato de o semanário ter sido intitulado Charia Hebdo  (Semanário da Lei Islâmica). Na capa, uma caricatura de Maomé, convidado para ser o redator chefe da edição. Dizia a charge: “100 chicotadas para aqueles que não morrerem de rir”.
Charb recebeu várias ameaças de morte. Desde então o diretor do semanário vivia sob proteção policial. Idem a nova redação do jornal. É claro que Charb e os jornalistas/caricaturistas do semanário satírico não mereciam ser vítimas dessa barbárie. No entanto, aceitaram o risco.

Voltando um pouco no tempo, a gênese das ideias dos terroristas de Paris, assim como a de grupos como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, está na Arábia Saudita. Desde 1932, quando foi fundada, até hoje, a Arábia Saudita existe como Estado graças a uma aliança formada por uma família, os Bin Saud, e um establishment religioso inspirado no teólogo Muhammad ibn Abd al-Wahhab que viveu entre 1703 e 1792 e era fortemente influenciado pelo teólogo do século XIII Taqi al-Din ibn Taymiyya, que pregou a retomada do passado glorioso da civilização muçulmana por meio de um retorno às origens do Islã, cuja base seria a interpretação literal do Alcorão e um estilo de vida igual ao de Maomé – preceitos da doutrina hoje conhecida como salafismo. Como discípulo de Ibn Taymiyya, Al-Wahhab desenvolveu o wahabismo, a versão saudita do salafismo.
Este “avanço” ideológico criou um gigantesco desafio para os sauditas: hoje, a principal contestação ao regime da família Saud vem de wahabistas que não consideram o governo suficientemente islâmico.
Para contê-los, o governo usa dois expedientes: por um lado, usa seus petrodólares para proporcionar inúmeros benefícios sociais a suas populações. Para quem ainda assim insiste em ser dissidente, jihadista ou não, há um draconiano sistema de controle social e político, que subjuga as mulheres, inclui uma polícia moral e punições como crucificações e decapitações. Responsável por cuidar do lugar onde o Islã nasceu – as cidades de Meca e Medina –, a Arábia Saudita pune os "ataques à religião" com atroz severidade, legitimando ao resto do mundo muçulmano a punição da blasfêmia. A mais recente vítima é o blogueiro liberal Raif Baddawi. Na quinta-feira 8 de janeiro, a Anistia Internacional confirmou que Baddawi foi condenado a mil chibatadas por "insultar o Islã" – 50 por semana, durante 20 semanas.
Além disso, a aliança da família Saud com os EUA e os países europeus, entre eles a França, continua sendo fundamental para ambos os lados. Juntos, Estados Unidos e União Europeia apoiam de maneira firme as ditaduras do Oriente Médio, que retiram de seus cidadãos toda possibilidade de exercer oposição, a não ser a religiosa.
Sem parlamentos, partidos, imprensa, sindicatos e movimentos estudantis independentes, sobram as mesquitas, infestadas de clérigos que pregam a violência. Em um ambiente de quase total ausência de espaço democrático, não há chance de debate livre sobre a religião, e o radicalismo prospera. Diante da generalizada percepção de que os muçulmanos estão sitiados pelo Ocidente desde a colonização europeia, pessoas e instituições ocidentais tornam-se alvo prioritário.
Uma lógica semelhante se reproduz na Europa. As comunidades muçulmanas têm enorme dificuldade em se integrar e geram uma série de indivíduos ressentidos – com a pobreza, a falta de perspectivas e o preconceito. Alienados e marginalizados, os jovens muçulmanos, cujos índices de desemprego são ainda maiores que os dos jovens europeus, por sua vez enormes, ficam à mercê da radicalização propagada por clérigos extremistas.
É nesses caldos culturais e sociais, seja na Europa, seja no Oriente Médio, que o jihadismo floresce.
Cabe questionar, no entanto, se franceses (ingleses, alemães, norte-americanos, etc) vão tratar o atentado como uma ofensiva civilizacional do Islã contra o Ocidente, fortalecendo extremistas de todos os lados, como desejavam os terroristas, ou vão debater as raízes da arriscada aposta feita por seus governos – conciliar a aliança a uma teocracia sociopata com a obrigação de proteger seus cidadãos, defendendo valores democráticos aqui, mas apoiando seus violadores lá.
Li que, a última coisa que o Ocidente quer é rever seus laços espúrios com a Arábia Saudita, Catar , Emirados e outros países lacaios. Para a máquina de guerra norte-americana quanto mais ódio e vingança melhor, assim arrasta vários outros países para a guerra , países estes que logo-logo vão estar comprando mísseis que custam milhões de dólares a unidade.
Também li que é muito tênue a linha que separa as manifestações públicas de solidariedade do seu aproveitamento político. Assim como também é difícil, pela sensibilidade e repulsa que os temas nos provocam, analisarmos o envolvimento dos políticos nessas mesmas manifestações. Para o fazermos é essencial que nos debrucemos sobre algumas das suas atitudes no exercício das suas funções públicas que, sejamos claros, muitas vezes são o oposto daquilo que apregoam.
Mas é importante frisar: “Não somos todos Charlie” porque não se tratou de um ataque contra a “imprensa livre”. Há muito para desvendar nos próximos tempos. Estejamos atentos. Não vamos ser 'vaca de presépio' Flávio A. Portalet Jr.

sábado, 25 de outubro de 2014

É necessário trocar a cada quatro anos, o bandido que nos governa - Every four years, we replace the thief who governs us - Nous devons changer tous les quatre ans, le bandit qui nous gouverne (Montesquieu)

Essa concepção de Três Poderes que temos hoje é gerada a partir do século XVII com o iluminista Montesquieu, em 1748, que a elaborada de maneira mais clara e definitiva. 
Todo estado tido como democrático ou não absolutista tem em sua estruturação a identificação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (uma autêntica Torre de Babel, atualmente). Pode-se dizer que é um regime onde o poder é limitado e equilibrado pelo poder, ou seja, como o próprio Montesquieu cita em 'O Espírito das Leis': 
só o poder freia o poder”. 
A alternância de poderes é a única solução para a manutenção do equilíbrio. Por isso, a grosso modo, diz-se que “é necessário trocar, a cada quatro anos, o bandido que nos governa”.

É praxe de longa data os governos mentirem para o povo. Não se tem notícia de governos que não mintam mas quando mentem o tempo todo, acabam por mentir para si mesmo e, pior do que isto, acabam por acreditar piamente nas mentiras que proferiram. E muito boa gente toma aquilo como verdade. Em suma, é o que se passa no Brasil. Este governo mente descaradamente como nunca se viu desde a chegada da frota de Cabral. Caberia um ‘plágio’ aos lindos versos de  Fernando Pessoa:

“O poeta político é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor verdade
A dor mentira que deveras sente produz.”

CUIDADO com o que ouviu estes dias. o vídeo que escolhi para ilustrar o que digo é revelador. Tem somente um minuto. Assista.

Parece que os eleitores acham mais fácil “acreditar nas mentiras” do que compreender o que está acontecendo de verdade!
Ou como apregoa o poeta russo Ievgeni Ievtushenko, “quando a verdade é substituída pelo silêncio, este torna-se mentira”.

O momento político é importantíssimo e ao mesmo tempo triste. Em verdade não vejo no partido de Aécio Neves nenhum salvador da Pátria. Muito menos vejo no PT de Dilma Rousseff condições para continuar DESgovernando o país. Estamos entre a espada e a parede e é preciso decidir! Acredito que este caso é exatamente aquele onde se encaixa melhor a teoria do sábio Montesquieu: é necessário trocar, a cada quatro anos, o bandido que nos governa”.

Minha escolha recai sobre o melhor entre os que se apresentam: Aécio Neves! Para interromper este ciclo de desmandos e a confusão instalada. No debate de ontem à noite, a atual presidente estava “mais perdida que cusco em tiroteio” (clicar no link se não compreende a expressão gauchesca). Um horror. 
De qualquer forma, venha quem vier, segunda feira o Brasil continua sendo o Brasil um povo unido e multicultural há séculos e que agora, alguns ordinários querem fazer crer que estão geográfica e culturalmente divididos. Seja quem for eleito deve estar em apertada observação de todos nós durante os próximos quatro anos. Que venha a urna, estou pronto: 45
Flávio A. Portalet Jr.

sábado, 18 de outubro de 2014

Audi RS7 prototype is world's sportiest self-driving car - Audi RS7 roda em Hockenheim... sem condutor


A condução sem intervenção humana é cada vez mais tema de pesquisa tecnológica para os diversos fabricantes e a Audi procura agora transportar as emoções dos modelos mais desportivos para os veículos autônomos. Embora para muitos a adrenalina dos desportivos esteja na simbiose entre homem e máquina, o emblema de Ingolstad pretende levar para a condução autônoma as sensações destes modelos que há décadas entusiasmam milhares pelas estradas de todo o planeta. 
Foi colocado na internet um vídeo-teaser, que poderá ver aqui, indicando que no dia 19 de outubro será apresentada uma volta realizada por um Audi RS7 ao traçado de Hockenheim, mas sem condutor













O concept-car Audi RS 7 Sportback irá percorrer o traçado de Hockenheim em velocidade de corrida.


Com os desenvolvimentos mais recentes da Audi a bordo, esta verdadeira montra tecnológica irá evidenciar uma condução até aos limites físicos com uma precisão milimétrica. Nesta operação, irá destacar ser tão rápido como um qualquer piloto profissional ao seu volante.



Os testes realizados até agora indicam um tempo de volta - na variante de grande prémio deste circuito – de pouco mais de dois minutos, devendo atingir velocidades até 240 km/h. Com o concept-car pilotado Audi RS 7 Sportback, a Audi quer provar o grande potencial de condução de um veículo pilotado, sendo o primeiro construtor Premium a desvendar esta solução para o futuro. O veículo está apto para chegar aos 305 Km/h mas durante os exames a Audi apenas tenciona levar o veículo até aos 240 Km/h. O objetivo é conseguir completar uma volta no circuito de Hockenheim em 2:10 minutos.     
O desempenho do concept-car Audi RS 7 Sportback será transmitido ao vivo e exclusivamente na Internet, em 19 de outubro, a partir das 13h45 (Europa) na Audi MediaTV.

(As promised, Audi plans to unleash the self-driving RS7 – which it calls "the sportiest piloted driving car in the world" – at Hockenheim next weekend prior to the DTM season finale, where it is anticipated to pull a 2:10 lap time.)

Como já dizia o nosso insuperável Ayrton Senna, a Audi é das marcas mais confiáveis do planeta. Como diz o slogan da marca: "Audi, na vanguarda da tecnologia". Flávio A. Portalet Jr.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Scottish independence referendum - referendo: Independência da Escócia

David Cameron is to make a televised address in Downing Street early on Friday morning, shortly after the results of the Scottish referendum are declared, to try to calm the political atmosphere, whatever the result.
Cameron will need to make clear that he will deliver on the cross-party pledge, delivered jointly with Ed Miliband and Nick Clegg during the final stages of the campaign, to deepen Scotland's devolution settlement.
But one Tory MP warned on Wednesday that the package of reforms could awaken "dormant English nationalism" amid warnings of a backlash against the eleventh-hour offer to Scotland's voters. 
With opinion polls showing a narrow lead for the no side most Tory MPs are working on the assumption that the union – and the prime minister's job – will be saved. But if Scottish voters decide to leave the UK, Cameron will face a constitutional and personal crisis amid fears that sterling could be highly vulnerable in trading in the Far East in the early hours of Friday. (The Guardian)

Entenda o referendo sobre a independência da Escócia
A independência da Escócia do resto do Reino Unido será decidida nesta quinta-feira, 18, em um referendo cujo resultado as últimas pesquisas dão como incerto. Ao todo, quase 4,3 milhões de residentes no país com idade a partir dos 16 anos, estão registados para responder "sim" ou "não" à pergunta: "A Escócia deve ser um país independente?".
Na análise feita pelo cientista político John Curtice com base em todas as pesquisas sobre o tema neste ano, publicada no blogue "What Scotland Thinks" (O que pensa a Escócia), a diferença entre os dois campos nunca foi tão pequena. Calculando a média das seis últimas pesquisas, Curtice estima que o "não" tem agora 51% dos potenciais votos e o "sim" 49%.

Independência da Escócia: sim ou não?O primeiro ministro escocês, o nacionalista Alex Salmond, defende a independência da Escócia, com a justificativa de que ela proporcionaria crescimento econômico ao país. Já o primeiro ministro britânico, David Cameron, defende que manter a Escócia como parte do Reino Unido trará benefícios financeiros para a região.

Petróleo
As vastas reservas petrolíferas do mar do Norte sustentam a pretensão dos nacionalistas de fazer da Escócia independente um país próspero economicamente. Atualmente, as receitas fiscais da exploração petrolífera no Mar do Norte representam, segundo números da BBC, 1,5 % do Produto Interno Bruto (PIB) britânico, o que chegaria a um patamar de 10-20% da economia escocesa no caso de independência.

Moeda
A decisão de manter ou não a libra foi uma das questões mais debatidas na campanha para o referendo sobre a independência da Escócia, dividindo nacionalistas, que querem manter a moeda, e o Governo britânico, que recusa. O ministro das Finanças britânico, George Osborne, negou a possibilidade de uma união monetária no caso de a Escócia se tornar independente. Já o responsável pelos assuntos financeiros do governo regional escocês, John Swinney, aposta na possibilidade de se chegar a um acordo mais tarde.
Cinco bancos confirmaram ter planos de transferir operações para Londres caso o voto pela independência ganhe, entre eles o Royal Bank, gigante bancário britânico que está estabelecido na Escócia há quase 300 anos (desde 1727) e tem a sede social em Edimburgo.

Propostas
Com a possibilidade de vitória do sim, o antigo primeiro-ministro britânico Gordon Brow apresentou uma proposta que deve garantir  maior autonomia política e fiscal para Edimburgo. Independente do resultado do referendo, até janeiro do próximo ano devem ser definidos mais poderes em termos fiscais e sociais para a Escócia, que serão aprovados após as eleições legislativas de maio de 2015.
A proposta promete maior autonomia política e fiscal para Edimburgo, com maior poder de decisão em relação aos impostos sobre o rendimento e os subsídios de habitação, políticas de emprego, saúde, transportes e apoio econômico, além de uma lei para proteger a autonomia de Holyrood, onde está sediado o parlamento escocês.
O dirigente dos nacionalistas, Blair Jenkins, qualificou a proposta de "medida de pânico" por ter sido feita após uma sondagem que dava vantagem ao "sim" no referendo, mas o apoio dos três principais partidos - Conservadores, Trabalhistas e Liberais-Democratas - que deixaram as diferenças para apoiar a permanência no Reino Unido,  reforçou a credibilidade do plano.

O que vai a UE fazer se a Escócia quiser a independência?


Caso a Escócia se torne independente, deixará automaticamente de fazer parte da União Europeia e terá que voltar a solicitar a adesão. Esta era até há bem pouco tempo a posição oficial da Comissão Europeia. Era, mas já não é. 
A cautela europeia em relação a este assunto decorre da sua delicadeza, mas não só. Esta é uma questão com um enorme potencial de contágio, cujo alcance ninguém é capaz de prever ao certo. 
Por um lado, em relação ao destino da própria Escócia e a sua relação com a União. Por outro, em relação à situação de vários territórios de vários países europeus onde o separatismo ganha cada vez mais adeptos. Na vizinha Espanha, com a Catalunha. Mas também na Bélgica, com a Flandres. E há mais exemplos. 
Qualquer adesão tem que ser aprovada por unanimidade e ninguém garante que o Reino Unido, mas também outros países, como Espanha, percam essa oportunidade para dar uma lição aos seus próprios movimentos secessionistas.
A verdade é que, embora não haja nenhum precedente idêntico, não faltam exemplos de soluções criativas para casos que mexeram com as fronteiras de países da União.      Basta pensar no processo da reunificação alemã, na saída da Gronelândia da então Comunidade Europeia e na ilha de Chipre, um Estado-membro com parte do seu território ocupada por um país terceiro.

A Europa vem sofrendo, há séculos, com movimentos separatistas. Ver aqui no Blog um post de novembro de 2012, sobre a "Independência da Catalunha acabaria com a Espanha" (poderá verificar os diversos territórios europeus que estão há séculos em litígio com os países que os albegam... mais uma vez a Europa e suas múltiplas discussões intermináveis). 
Abraço, Flávio A. Portalet Jr.