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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dois pesos .... NENHUMA medida!

Começa a ficar caricata a inoperância desmesurada de alguns dos principais representantes europeus. Pela 2ª vez em poucos dias a Alemanha está "decidindo" se acontece o encontro entre os chefes de Estado dos países da Comunidade Européia ou...não. Já adiou uma vez e, agora, diz que pondera adiar outra. Refira-se que a tal reunião "ao mais alto nível" seria para tratar de assuntos "urgentes" como o da Grécia, Irlanda, Portugal  que na verdade servem de escudo para o descalabro financeiro da Itália, Espanha e França ou seja, mais de 50% do PIB da "Comunidade". Quando o problema foi dos Bancos europeus à beira da falência, nem precisou reunir ninguém, apenas os países foram comprando os passivos gigantescos (mesmo os que não tinham dinheiro para isso, como Portugal, que gastou 4 bilhões de Euros para "salvar" um Banco PARTICULAR, falido - repassando a dívida à sua já empobrecida população. Afinal, compraram uma massa falida para os portugueses que nunca investiram um único centavo em "especulação de bolsa, imobiliária ou similar" pagar. O mais estranho neste tipo de negócio é que quando ele dá certo, pouquíssimos ganham fortunas, nunca sabemos seus nomes e nem impostos pagam... mas se der errado, logo logo somos chamados a pagar a conta "de um banquete que nem sabemos onde ficava"... e ninguém é punido senão aqueles que NÃO participaram da folia.
Este domingo a Europa civilizada e pretensamente com algum dinheiro -mentira- tomaria a decisão de multiplicar por 4 o FEEF (Fundo Europeu de Estabilização -kekeke- Financeira). Depois de fazer algumas contas parece que a Alemanha "desistiu", mesmo que os mais endinheirados e únicos SEM problemas (os nórdicos) estivessem de acordo em socorrer o moribundo paciente chamado "Europa". A recusa alemã -tentando fazer uma analogia médica- seria como abandonar um paciente já devidamente sedado, amordaçado, amarrado, asfixiado na mesa de operações -leia-se, Grécia- para ir até ao bar do outro lado da "vida comunitária" comprar um cafezinho para tomar a importante decisão de usar açúcar, adoçante, não colocar nada ou quem sabe nem beber o tal café. É cada vez mais evidente que os ditos "países desenvolvidos" utilizam seus esforços quando lhes é conveniente. Havendo a mínima questiúncula, viram as costas ao paciente moribundo e vão para o café... fazer mesmo o quê ? ...bem, isto mais tarde se verá. O navio afunda e nem os ratos pulam fora. Quando o buraco for tão evidente que nem os países ditos "periféricos" forem suficiente para cegar os outros, aí veremos o que vai sobrar desta DESunião européia. Como parece que os ratos não vão sair, esperamos que haja bóias para os restantes pois os botes salva vidas já têm destino: os gigantes da economia que, falidos, compraram seus lugares confortáveis e pagaram, como de costume, com os NOSSOS impostos. Flávio Portalet.

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