Um
Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) ou mais conhecido como drone (zangão, em inglês), é todo e
qualquer tipo de aeronave que não
necessita de pilotos embarcados para ser guiada. Esses aviões são controlados à
distância, por meios eletrônicos e computacionais, sob a supervisão e controle humanos, ou sem a sua intervenção, por meio de Controladores Lógicos Programáveis (PLC).
Os drones foram idealizados param fins militares. Inspirados nas bombas voadoras alemãs, do tipo V-1 e nos inofensivos aeromodelos rádio controlados, estas máquinas voadoras de última
geração foram concebidas e projetadas para serem usadas em missões perigosas para seres humanos, nas áreas de inteligência
militar, apoio aéreo a tropas de infantaria e cavalaria no campo de batalha, controle de mísseis de cruzeiro, atividades de patrulhamento urbano, costeiro, ambiental e
de fronteiras, atividades de busca e resgate, entre outras.
O primeiro VANT de que se tem registro no Brasil
foi o BQM1BR, fabricado pela extinta CBT (Companhia
Brasileira de Tratores), de propulsão a jato. Esse protótipo serviria como alvo aéreo e realizou um voo em 1983. Outro VANT de que se tem conhecimento é o Gralha
Azul, produzido pela Embravant. A aeronave possui mais de 4 metros de envergadura, com
autonomia para até 3 horas de voo.
A partir do ano 2000, os VANTs para uso civil
começaram a ganhar força no mercado. Foi quando surgiu o Projeto Arara
(Aeronave de Reconhecimento Autônoma e Remotamente Assistida), desenvolvido
pela empresa AGX Tecnologia, junto com o Instituto de Ciências Matemáticas e
Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP) e
a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
especialmente para utilização em agricultura
de precisão.
Em Santa Maria (Rio Grande do Sul),
a FAB passou a montar VANTs produzidos pela AEL, subsidiária da Elbit
Systems, a maior empresa privada fabricante de produtos de defesa de
Israel. Esses são
parte de um acordo de 48 milhões de reais firmados com o Brasil e serão
usados em operações ao longo da fronteira e durante grandes eventos: Copa das Confederações, 2013, Copa do Mundo, 2014, Olimpíadas, 2016. (clicar legenda fotos)
A Força Aérea vai monitorar
os estádios do jogo de abertura e da decisão da Copa das Confederações, nos
dias 15 e 30 de junho, no estádio Mané Garrincha e no Maracanã,
respectivamente. As aeronaves irão voar sobre e ao redor das estruturas, em uma
faixa entre 2 mil e 5 mil metros de altitude. "Vamos usar os vants
para monitorar os estádios com segurança e sem interferir no tráfego aéreo, que
terá restrições durante as partidas”, disse o brigadeiro Mário Luís Jordão,
diretor do Centro de Operações Aéreas da FAB. A Força Aérea Brasileira
possui quatro drones Hermes, fabricados pela israelense Elbit, mas pretende
usar apenas os dois aparelhos que
chegaram este ano, os “Hermes 450” que estão no “Esquadrão Hórus”, em Santa
Maria, RS. Flávio A. Portalet Jr.
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