As
principais economias do mundo pressionaram os Estados Unidos no domingo para
agir a fim de evitar uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos,
alertando que o chamado abismo fiscal é a maior ameaça ao crescimento global no
curto prazo.
A
menos que o dividido Congresso norte-americano consiga agir rapidamente para
chegar a um acordo depois das eleições de terça-feira, cerca de 600 bilhões de
dólares em cortes de gastos do governos e em impostos mais altos terão início
em 1º de Janeiro de 2013 e podem levar a economia norte americana de volta à
recessão.
"Se
os Estados Unidos não conseguirem resolver o abismo fiscal, isso atingirá
fortemente a economia americana, assim como a economia mundial e japonesa, portanto
cada país do G20 irá pedir que os Estados Unidos lide firmemente com
isso", afirmou o presidente do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa.
Delegados
europeus na reunião do G20 na Cidade do México estavam particularmente ansiosos
por detalhes do plano norte-americano.
O
ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, disse que em termos de riscos de
curto prazo ao cenário econômico global, o abismo fiscal dos Estados Unidos
ultrapassava a crise da dívida europeia.
"Eles
podem não lidar com isso até a 23ª hora e o 59º minuto do dia 31 de Dezembro, mas eu espero que eles
o farão assim como lidaram com seus bancos em 2008”.
A
crise do euro, que começou há mais de dois anos, viu um alívio depois que o
Banco Central Europeu (BCE) informou em setembro que estava pronto para comprar
mais dívida governamental. Mas os investidores estão agitados sobre quando e se
a Espanha irá pedir um resgate internacional e como os profundos problemas
financeiros da Grécia podem ser resolvidos.
As autoridades dos Estados Unidos "devem resolver rapidamente o chamado abismo fiscal" e o
aumento do teto de sua dívida, seja quem for o vencedor das eleições presidenciais falou nesta segunda-feira a diretora gerente do FMI, Christine
Lagarde. A falta de acordo no
Congresso norte-americano sobre os mecanismos para reduzir o deficit público ameaçam desatar uma série de ajustes
automáticos que implicam cortes do gasto federal e aumentos de impostos, um
cenário conhecido como "abismo fiscal" que afetaria duramente a
economia mundial.
Trata-se de uma ameaça
não só para os Estados Unidos, mas "também para a economia global dado o
tamanho" do país, disse Lagarde em coletiva de imprensa no final da
reunião de ministros de Finanças e governadores de bancos centrais do G20, na
capital mexicana.
"Quem quer que seja eleito
amanhã (terça-feira, o presidente Barack Obama ou o republicano Mitt Romney)
deverá enfrentar esse desafio", disse Lagarde.
A diretora do FMI lembrou que faltam apenas dois
meses aos Estados Unidos para encontrar uma solução a esta ameaça ao
crescimento mundial.
O governo brasileiro considera
excessivamente frágeis os últimos sinais de recuperação da economia mundial e
vê ameaças concretas de uma nova onda de deterioração. É um diagnóstico feito a
partir de conversas na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI),
que ocorreu no início de outubro, em Tóquio, e na do G-20, iniciada neste fim
de semana, na Cidade do México.
O que começa a concorrer com a crise da dívida
europeia, no topo das preocupações dos formuladores de Brasília, é a
perspectiva de um "abismo fiscal" nos Estados Unidos. Se o Congresso
americano não prorrogar uma série de leis que expiram à meia-noite do dia 31 de
dezembro de 2012, haverá aumento de impostos e corte de gastos, levando o
deficit fiscal a cair pela metade, em 2013. A contrapartida é um provável
retorno à recessão.
Por isso tudo, seja quem for o presidente escolhido é de vital importância que possa negociar de imediato com o Congresso americano. Flávio A. Portalet Jr.
Enaaaa, se nosso 2013 já aparece como uma tragédia, quem sobreviverá se os yankees não se entenderem? Haja aeroportos para fugir para sei lá onde! Prometo que não fico, pá.
ResponderExcluirAntónio, muito espirituoso teu comentário .. kekekeke! Eles vão se entender! É o que todos desejam (certamente eles também!!). Obrigado.
ExcluirÓ António, deixa-te de parvoíces. Vais mudar, vais? Ficas é aqui com o Passos Coelho e sem subsídios ó!
ExcluirComo pode o ser humano normal, comum, sobreviver a tanta confusão econômica? Um desacordo nos EUA coloca em risco a economia mundial. Quero ir embora deste filme Flávio!
ResponderExcluirCláudia, este é o 'nosso filme', é a nossa passagem por este mundo e por esta vida. Acreditemos no que for para o 'antes e o depois dela', esta é, indubitavelmente, a nossa oportunidade de estar aqui. Não foge não :) enfrentemos todos o que vier por aí. A vida é boa demais para deixar que os políticos nos tirem a alegria. Obrigado :)
ExcluirNossa Flávio, assim fico assustada e fujo. Aceito sugestões, obrigada, Bjs da ___ do Rio.
ResponderExcluirNão é caso para fugir até porque como tu sempre dizes, estás 'no Rio' !! Tem muita coisa para acontecer por aí, pelo menos até 2016 :) Obrigado!
ExcluirCreo que ya no puedo expresar mi opinión entre los candidatos de la presidencia pero quiería decir que Obama no ha provocado la cambia que prometío en los años pasados.
ResponderExcluirTodos concordamos que os políticos prometem mais do que podem. Também é verdade que eles podem menos do que imaginam. O mundo é cada vez 'menor' e países fortes e pujantes acabam dependendo de outros fatores por vezes distantes. É o preço que pagamos por esta aproximação que inclui a internet. Escrevo de Portugal e respondes em segundos do centro dos Estados Unidos da América. Vamos torcer, para o bem comum, que o segundo mandato seja melhor que o primeiro. O mundo todo espera por isso. Beijos!
ExcluirAté essa altura (são 8h39-Brasil), Obama "passou raspando" como dizemos neste lado de cá. Mas vamos esperar "o melhor que está por vir". Nesse quadro de "o melhor" alguém vai ficar com o pior, of course! Abraços tupiniquins :)
ResponderExcluirApenas 3 minutos separaram teu comentário de sua 'publicação' ... estamos mais céleres que a contagem dos votos americanos kkkk. Vamos esperar que o "pior" fique para os marcianos ou outros E.T.'s quaisquer :P Beijo, Ivete! Obrigado!!
ExcluirOi Flavio, aqui na Inglaterra vivem as eleiçoes americanas com grande entusiasmo, acho que por terem laços históricos fortes. Obama venceu e eu não entendi muito bem esta coisa do abismo fiscal. obrigada por mostrar outras partes das noticias, Flavio. isto é muito interessante, bjs Carla.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário Carla. Não sou a pessoa mais indicada para grandes explicações sobre economia e fiscalidade mas a grosso modo o que está em jogo é o gigantesco endividamento INTERNO dos EUA que já é histórico. Isto só é possível acontecer porque ele são ...os EUA fossem outro país menos pujante já estariam falidos há décadas. Como podem 'imprimir dólares' e estes ainda assim continuarem valendo a mesma coisa, conseguem rolar a astronômica dívida interna, graças a acordos e mais acordos INTERNOS, entre os dois partidos - Republicano e Democrata - que se revezam no poder. Sem acordo, seria a bancarrota total. Esteja atenta aos telejornais, vai-se falar muito sore isto nas próximas semanas. Obrigado!
ExcluirMuito obrigada pela gentileza Flávio. Um show de bola! Beijos londrinos kkkkk , desculpa a brincadeira, é para a Kátia
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