O ministro da Justiça espanhol afirmou hoje que a independência da Catalunha "não significaria tirar a Catalunha de Espanha, mas sim acabar com Espanha, porque Espanha não faz sentido sem a Catalunha".
Para Alberto Ruiz-Gallardón, que falava perante
empresários catalães, a soberania não resolveria os problemas econômicos daquela comunidade autônoma "Nem Espanha é o problema nem a independência
é a solução", disse. Na opinião do ministro, nem uma nem outra poderiam
continuar na zona euro.
O
debate sobre a independência da Catalunha ganhou nova atualidade no final de
setembro, quando o presidente do governo regional, Artur Mas, anunciou eleições autonômicas antecipadas para 25 de novembro. Fê-lo após a recusa do
primeiro-ministro espanhol, o conservador Mariano Rajoy, em renegociar o regime
fiscal entre a Catalunha e o Estado central. O novo pacto fiscal era o ponto
mais importante do programa eleitoral que o partido de Mas, Convergência e
União (CiU, nacionalismo conservador e, até agora, moderado) venceu as eleições autonômicas de 2010.
A situação será tanto pior quanto forem mais os votantes pela 'separação'. Mesmo que o parlamento espanhol tenha deixado claro que o referendo é "ilegal" perante a Constituição o certo é que os catalães vão votar amanhã! O resultado pode ser desastroso não só para a Espanha como um duríssimo golpe na União Europeia. Embora haja uma tentativa forte de 'abafar' o referendo catalão, é muito provável que 'Madrid' teria que intervir de maneira econômica e política com uma firmeza mas, no momento, em nenhum dos parâmetros, tem forças. Uma luta de séculos está agudizada... desta vez sem as bombas da "E.T.A." mas com o voto popular.
Um referendo desta magnitude pode gerar um efeito dominó em diversas outras regiões da Europa que lutam pela autodeterminação. Só para citar alguns, temos o "País Basco" na fronteira franco espanhola; a Ilha da Córsega, ainda francesa; a Escócia, que há 300 anos faz parte da Grã Bretanha, vai votar em 2014 se continua ligada a esta; as províncias de 'Tirol do Sul e Milão' querem deixar de pertencer à Itália; na Bélgica, os flamengos, do norte (a região chamada Flandres representa 1/3 do país mas detém mais de 60% do PIB), querem a separação dos 'francófonos', do sul. Já postamos sobre o assunto em 25 de Setembro => Espanha - Confrontos
Abraço a todos, Flávio A. Portalet Jr.
Estoy aterrorizada con esta votación. Viva España unida! Gracias Flavio! Besos.
ResponderExcluirEsperanza, provavelmente não acontecerá o pior. Este seria o pior momento para a separação de uma cidade se quer, quanto mais a região mais rica e próspera da Espanha! Vamos confiar! Obrigado!
ExcluirYo estoy a favor de la democracia, sino un país debe estar unido! Viva España! Felicitaciones!
ResponderExcluirA comunidade hispânica está apreensiva. A comunidade em geral, mais ainda. Mas deve prevalecer o senso comum. Muitos catalães não desejam a 'independência' em um momento como este. A Comunidade europeia nem aprovaria a 'continuidade da região' no bloco comunitário pois despoletaria um número indeterminado de 'separatismos' por toda Europa. Estejamos confiantes. Aqui já é quase domingo...
ExcluirEste post tem quase 1 ano, mas está atualíssimo. Até entendo quando uma cidade, região quer separar-se de um país por sentir-se auto-suficiente economicamente e por conta disto, o governo impor taxas elevadas. É ter a sensação de levar o resto do país nas costas. Mas como dissestes, não é por aí que todos os problemas se resolverão! Pelo contrário e ainda mais agora em meio a uma crise européia sem precedentes é hora do povo se unir para não "descadeirar" a Espanha.
ResponderExcluirSetembro de 2015 ... cerca de três anos depois, haverá um novo referendo NESTE domingo, dia 27 e as coisas não parecem estar a correr muito bem... ruim!
Excluir“Em casa que não tem pão, todos brigam e ninguém tem razão”. Deve ser isso que acontece na Europa. Também duvido que separação da Cataluña seja solução. Tomara que não aconteça nenhum conflito, porque tem muita indústria armamentista procurante clientes...
ResponderExcluirA Europa anda à deriva, perdida do ponto de vista institucional e também de identidade... uma "sopa de letrinhas". Tomara mesmo que as coisas acalmem. Obrigado, Ivete! :)
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