Uma economista próxima de Nouriel Roubini, tido como o primeiro a prever a crise financeira de 2008, disse hoje que há "uma probabilidade de 85%" de a Grécia e Portugal saírem do euro. Num colóquio anual organizado em Atenas pelo jornal britânico "The Economist", que nunca escondeu as suas dúvidas sobre a manutenção da Grécia na Zona Euro, Megan Greene, diretora de estudos europeus da empresa do analista Nouriel Roubini, afirmou que a Grécia deverá ser a primeira a abandonar a moeda única. "Estimamos que há uma probabilidade de 85% de ver a Grécia e Portugal saírem da Zona Euro. Na minha opinião, a Grécia vai ser o primeiro país a sair e isso vai acontecer no início do próximo ano", afirmou Greene. Convidado de honra para as conferências que hoje tiveram lugar em Atenas, Alexis Tsipras, líder da oposição e dirigente da esquerda radical grega, o Syriza, que se tornou o segundo partido mais votado do país depois das eleições legislativas de 17 de Junho, foi um dos oradores.
Para Tsipras, o esquema de "desvalorização interna"
preconizado pelos credores internacionais da Grécia é "doloroso para o
povo grego" e "ineficaz", uma vez que conduz a um "desastre
humanitário". "A austeridade", disse, vai "agravar a
situação" e "conduzir o país à saída da Zona Euro, que é a única via
institucional possível para um Estado no interior da moeda única", acrescentou. Megan Greene, por seu lado, não acredita que
"este governo tenha mais hipóteses do que o anterior de adotar
reformas" e afirma que a Grécia "já não pode suportar mais
austeridade". A economista alerta ainda para que, "de qualquer forma,
se conseguirem [implementar as reformas], isso vai colocar em risco o
crescimento, o que vai ser muito duro para o povo". "A 'troika' (BCE, CE e FMI) nunca vai
permitir uma moratória sobre o pagamento da dívida e a Grécia vai ser obrigada
a entrar em incumprimento e, por isso, a sair da Zona Euro", sentenciou a
responsável.
Seja como for a mim parece que a ganância e a irresponsabilidade generalizada dos governantes europeus fê-los acordar tardiamente. Já não há país "imune à crise" nem mesmo a poderosa Alemanha. Havendo mais inadimplências os germânicos que têm no mercado europeu o forte de seu crescimento também acabarão por não suportar a 'crise'. Nenhum povo pode sofrer, indefinidamente, as consequências das más políticas aplicadas por políticos incompetentes. Já não há mais espaço para 'nenhuma espécie de austeridade'. Para a Europa em particular mas para o mundo em geral a situação é delicada. Flávio A. Portalet Jr.
Muy peligrosa la instabilidad en Europa, temo que se extienda a todo el mundo.
ResponderExcluirOlá Mariago, vou escrever em portugues, ok?
ExcluirRealmente a instabilidade europeia está ligada a diversos outros fatores mundiais. Hoje em dia tudo está ligado. Quase não há países completamente isolados. Por falar nisto, vi que a "Venezuela" foi aceita no MERCOSUL - embora SEM a anuência do Paraguay - mas este é outro assunto. Obrigado pelo comentário.
I hope everything works out somehow :(
ResponderExcluirOlivia, todos esperamos que as instituições continuem funcionando e que a Europa tenha competência (até agora NÃO demonstrada) em fazê-lo. :)
ExcluirEu ia esquecendo ... PARABÉNS pelo 4 de Julho !!!!
ResponderExcluirAh, para estas coisas da política eu estou mais é querendo ir pra fora daqui. São todos incompetentes estes políticos.
ResponderExcluirNão há a menor dúvida com relação a isto. Mas infelizmente o 'erro maior' acaba por pertencer a todos. Há algumas coisas que o sistema que vivemos está mostrando que chegou a exaustão e ninguém parece ter força ou vontade para mudar.
ExcluirLi na imprensa que as coisas estão complicadas porque os políticos não querem tomar decisões. Desse jeito não dá. Legal Flávio. Bjs Clau.
ResponderExcluirOi Cláudia, foi o que escrevi no comentário aqui em cima, para a "Raposa" ...
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