Kiribati é um país da Micronésia e Polinésia que
ocupa uma área muito grande do Oceano Pacífico (ilhas dispersas por 5 milhões de
quilómetros quadrados) mas que é bem pequeno em termos de área
terrestre. É o primeiro país a
mudar de ano, na ilha de Kiritimati. Em março de 2008, o
país criou o 3º maior parque marinho do mundo (pelos vistos em breve TODO país
será um...). Menos de três meses depois, em 5 de junho, Dia mundial
do meio ambiente, seu presidente Anote Tong, pediu ajuda à comunidade
internacional para evacuar o país antes que ele desapareça, devido aos estragos
causados pelo aquecimento global.
Ele quer mudar-se para as Ilhas Fiji (2.000 km de distância!) e está negociando a compra de 20km2 para levar para lá toda
a população. Os terrenos pertencem a
um conjunto de igrejas que pedem 7,5 milhões de
euros por eles... leia bem, "conjunto de Igrejas" ... nem Jesus acreditaria!
Se os 103 mil habitantes já viviam apertados, em 811 km2, vão passar a viver ainda mais juntos. Não se trata de um capricho dos governantes em Tarawa (a capital). Kiribati vai desaparecer devido à subida das águas provocada pelas alterações climáticas. Várias dezenas de pessoas já se mudaram, tornando-se refugiados climáticos, um estatuto que é reconhecido pelas Nações Unidas. A subida das águas não é a única ameaça pois também se registra uma crescente salinização das reservas de água doce.
Se os 103 mil habitantes já viviam apertados, em 811 km2, vão passar a viver ainda mais juntos. Não se trata de um capricho dos governantes em Tarawa (a capital). Kiribati vai desaparecer devido à subida das águas provocada pelas alterações climáticas. Várias dezenas de pessoas já se mudaram, tornando-se refugiados climáticos, um estatuto que é reconhecido pelas Nações Unidas. A subida das águas não é a única ameaça pois também se registra uma crescente salinização das reservas de água doce.
Se o acordo com as Fiji se concretizar, a população não será levada toda de uma vez para a sua nova terra. Terão de ser negociados muitos itens. Por exemplo: serão refugiados, imigrantes, kiribatis? Poderão encontrar emprego sem ser tratados como indivíduos de segunda classe? “Teremos de ser imigrantes qualificados, gente que tem um lugar na comunidade”, disse Tong, que chegou a ponderar (porque quando as águas engolem um país nenhuma hipótese deve ser posta de lado) a possibilidade de Kiribati passar a ser um país sobre uma gigantesca plataforma sobre o mar (as ECOPOLIS de Vincent Callebaut)*, ou de construir muros altíssimos à volta de todas as ilhas habitadas. Há quatro anos que o Governo deste país que vive da exportação de peixe e do turismo negoceia com ilhas vizinhas a possibilidade de compra ou aluguer de terreno para alojar os seus 103 mil habitantes.
Kiribati não é o único arquipélago do Pacífico ameaçado pela subida das águas. A mesma ameaça paira sobre as Ilhas Marshall e sobre Tuvalu. Segundo os dados divulgados pelo Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas, o nível dos oceanos poderá subir de 18 a 59 centímetros até o fim do século.
* Vincent
Callebaut
(nascido em 1977) é um arquiteto belga. Seus trabalhos são futuristas e visam dialogar
com o meio-ambiente. O projeto de Ecopolis visam fundir biologia com tecnologias da informação e
comunicação. Seus trabalhos não foram colocados em prática, mas têm sido
expostos pelo mundo focando no desenvolvimento de alta tecnologia que atendam
às pressões ambientais. Seu
trabalho é criticado por ser utópico e fazer parte de um antigo sonho de
simbiose entre homem e natureza, iniciado com a história de Atlântida.
Realidade e utopia à parte, tenham todos um excelente final de semana! Abraço, Flávio A. Portalet Jr.
Awww poor people! :( I have never heard about that country before.
ResponderExcluirWell that is how it is, Olivia, there are many things happening in the world of which we have no news of. However, it is inevitable that the man made mistakes on the planet where they live have consequences and they start to appear more frequently. We all have to do our part! Thanks a lot! Flávio.
Excluir(Si Olívia, existe muchas cosas que suceden en el mundo en el cual no sabemos. Sin embargo, es inevitable que los descuidos del hombre en el planeta donde vive tienen consequencias y ellos comienzan a aparecer cada vez más. ¡Vamos todos hacer nuestra parte! ¡Muchas gracias!)
Oi Cris, obrigado pelo carinhoso comentário. Vindo de uma blogueira com experiência de mais de uma década é um incentivo! Para nossa "sorte" o Rio de Janeiro está muito longe de ser um dos primeiros a desaparecer do mapa. Muito antes vão todas as milhares e milhares de ilhas do Pacífico sul e a costa baixa de dezenas de países. No Brasil a devastação seria na baixa planície do rio Amazonas. Há sites que falam disto mas especulam com a subida de mais de 5 metros no nível dos oceanos, algo improvável por enquanto. Ver em: http://www.bibliotecapleyades.net/profecias/esp_profecia_mapas.htm
ResponderExcluirQue esteja tudo bem aí pela Áustria! Beijo e obrigado!